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quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Tandara Caixeta disponível para entrevista




Participação do terceiro setor pode ser saída para fortalecimento escolar



Um levantamento feito pela organização “Todos pela Educação” em 2021, mostra que cerca de 244 mil crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estão fora das escolas no Brasil. Os números para tamanha evasão escolar são fruto de diferentes fatores, incluindo a necessidade de ingresso cedo no mercado de trabalho, dificuldades de acesso à escola e da pouca relação entre família e unidade escolar.

Ao mesmo tempo, na capital paulista e outras cidades do país, furtos e roubos dispararam, aproximando-se de níveis pré-pandemia, o que pode estar ligado, mesmo que indiretamente, aos problemas na Educação do Brasil.

A jogadora da Seleção Brasileira de Vôlei, Tandara Caixeta, observa de perto as dificuldades na Educação do país, bem como o avanço da criminalidade. Segundo ela, o esporte é capaz de direcionar estudantes, permitindo benefícios variados:

- “Através do Esporte as crianças se mantém motivadas, trabalham o espírito de equipe, se relacionam, melhoram a saúde e adquirem virtudes como confiança, disciplina, foco, paciência e perseverança. Também ficam mais longe do mundo das drogas e do crime”, explicou.

O olhar da jogadora da Seleção Brasileira vai de encontro à preocupação com o fim da obrigatoriedade da disciplina Educação Física em algumas escolas. Ela acredita que em tempos de tecnologia cada vez mais avançada, viver o esporte é construir a capacidade de sonhar e competir contra si mesmo(a), melhorando dia após dia.

- “O que move o ser humano é o sonho. Se o adolescente sonha em ser médico, ele não vai furtar. Se a jovem sonha em ser advogada, ela não vai utilizar drogas. Vejo o quanto os jovens voltados ao esporte se mantém focados no bem. É um caminho lindo que permite a construção de doces histórias. Contudo, mesmo que eles queiram praticar esporte, em muitas escolas não há estrutura adequada, como quadras e equipamentos necessários para a prática”, ressaltou.

Ao longo dos últimos vinte anos, a jogadora campeã olímpica, responsável pelo Instituto Tandara Caixeta lembra que já ajudou milhares de crianças e adolescentes em Osasco. Muitos se tornaram cidadãos de bem e hoje vestem a camisa de diferentes clubes de vôlei, ou tem outras profissões.

- “Isto é gratificante demais. Nós precisamos de políticas públicas que permitam o fortalecimento de projetos sociais e esportivos. É através do terceiro setor, que colheremos os louros de um futuro melhor. Se começarmos agora, quem sabe o país não ganhe em medalhas de ouro e na diminuição da violência. Conheço histórias de atletas que, antes do esporte cometiam crimes”, revelou.

Tandara Caixeta pretende levar ideias e discutir projetos em Brasília. Ela sabe que o trabalho é árduo, mas possível.

- “Sou muito grata ao Esporte, e sei o quanto ele é capaz de salvar vidas e mudar cenários. Com maior investimento dos governos no Esporte, principalmente nas bases, resultados tendem a ser benéficos, diminuindo índices criminais e potencializando resultados, sobretudo, medalhas”, concluiu


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