Participação do terceiro setor pode ser saída para fortalecimento escolar
Um levantamento feito pela organização “Todos pela Educação” em 2021, mostra que cerca de 244 mil crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estão fora das escolas no Brasil. Os números para tamanha evasão escolar são fruto de diferentes fatores, incluindo a necessidade de ingresso cedo no mercado de trabalho, dificuldades de acesso à escola e da pouca relação entre família e unidade escolar.
Ao mesmo tempo, na capital paulista e outras cidades do país, furtos e roubos dispararam, aproximando-se de níveis pré-pandemia, o que pode estar ligado, mesmo que indiretamente, aos problemas na Educação do Brasil.
A jogadora da Seleção Brasileira de Vôlei, Tandara Caixeta, observa de perto as dificuldades na Educação do país, bem como o avanço da criminalidade. Segundo ela, o esporte é capaz de direcionar estudantes, permitindo benefícios variados:
- “Através do Esporte as crianças se mantém motivadas, trabalham o espírito de equipe, se relacionam, melhoram a saúde e adquirem virtudes como confiança, disciplina, foco, paciência e perseverança. Também ficam mais longe do mundo das drogas e do crime”, explicou.
O olhar da jogadora da Seleção Brasileira vai de encontro à preocupação com o fim da obrigatoriedade da disciplina Educação Física em algumas escolas. Ela acredita que em tempos de tecnologia cada vez mais avançada, viver o esporte é construir a capacidade de sonhar e competir contra si mesmo(a), melhorando dia após dia.
- “O que move o ser humano é o sonho. Se o adolescente sonha em ser médico, ele não vai furtar. Se a jovem sonha em ser advogada, ela não vai utilizar drogas. Vejo o quanto os jovens voltados ao esporte se mantém focados no bem. É um caminho lindo que permite a construção de doces histórias. Contudo, mesmo que eles queiram praticar esporte, em muitas escolas não há estrutura adequada, como quadras e equipamentos necessários para a prática”, ressaltou.
Ao longo dos últimos vinte anos, a jogadora campeã olímpica, responsável pelo Instituto Tandara Caixeta lembra que já ajudou milhares de crianças e adolescentes em Osasco. Muitos se tornaram cidadãos de bem e hoje vestem a camisa de diferentes clubes de vôlei, ou tem outras profissões.
- “Isto é gratificante demais. Nós precisamos de políticas públicas que permitam o fortalecimento de projetos sociais e esportivos. É através do terceiro setor, que colheremos os louros de um futuro melhor. Se começarmos agora, quem sabe o país não ganhe em medalhas de ouro e na diminuição da violência. Conheço histórias de atletas que, antes do esporte cometiam crimes”, revelou.
Tandara Caixeta pretende levar ideias e discutir projetos em Brasília. Ela sabe que o trabalho é árduo, mas possível.
- “Sou muito grata ao Esporte, e sei o quanto ele é capaz de salvar vidas e mudar cenários. Com maior investimento dos governos no Esporte, principalmente nas bases, resultados tendem a ser benéficos, diminuindo índices criminais e potencializando resultados, sobretudo, medalhas”, concluiu
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