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sábado, 3 de julho de 2010

Uso de aparelhos auditivos nos dois ouvidos amplia a audição

A audição binaural (com os dois ouvidos) contribui significativamente para que o cérebro realize diversas atividades como, por exemplo, determinar a direção da origem dos sons. Instintivamente, o cérebro realiza esta operação medindo as pequenas diferenças de duração e intensidade captadas pelos ouvidos. Quando um som chega em intensidade mais forte e mais cedo na orelha direita, por exemplo, o cérebro identifica que o som foi originado à direita da pessoa. Isso só é possível por conta da comparação entre as informações sonoras que chegaram nas duas orelhas. Para pessoas que possuem algum grau de perda auditiva, portanto, o desequilíbrio da percepção dos sons pelos ouvidos pode causar desconforto e até mesmo desorientação.
“Um indivíduo com audição normal consegue definir se um som vem da direita ou da esquerda, e também tem noção da distância da fonte sonora. Portanto, com a utilização de dois aparelhos auditivos corretamente ajustados, é possível obter uma amplificação bilateral equilibrada. Desta forma, o cérebro trabalha naturalmente ao se concentrar para identificar determinado som, mantendo ambos os ouvidos ativos”, explica Maria do Carmo Branco, fonoaudióloga do Grupo Microsom, uma das mais conceituadas empresas de soluções auditivas do Brasil.
Além disso, o aumento da percepção sonora traz diversas vantagens ao paciente, pois promove uma melhora na qualidade de vida, aprimora a capacidade de identificar sons específicos, mesmo em locais muito barulhentos, e permite um melhor relacionamento social.
As vantagens da amplificação binaural têm sido mostradas em vários estudos. Alguns deles apontam que, em ambientes ruidosos, o uso das duas orelhas faz com que tenhamos uma habilidade maior de extrair a fala (som desejado) do ruído de fundo, que atrapalha. Este fenômeno pode ficar prejudicado no caso de amplificação monoaural (apenas em uma orelha), já que o cérebro perde a possibilidade de usar as informações sonoras que chegam às duas orelhas de forma adequada. Quando as duas orelhas estão aparelhadas, o som chega mais forte devido à somação binaural. Isto significa que alguns sons muito baixos e suaves podem não ser escutados no caso de amplificação em uma orelha só, mas quando o aparelho &e acute; colocado nas duas orelhas, estes sons tornam-se audíveis.
Segundo a especialista, seja por questões econômicas ou estéticas, é comum os pacientes usarem aparelho em um só ouvido, mesmo tendo deficiência em ambos, o que é considerado prejudicial para a audição. “Assim como as pessoas que possuem deficiência visual nos dois olhos usam óculos com graduação nas duas lentes, as pessoas com deficiência auditiva em ambos os ouvidos devem utilizar dois aparelhos e não apenas um. Mesmo assim, é preciso estar consciente de que não se alcançará uma audição normal, e sim, uma melhora considerável no grau de perda auditiva”, diz Maria do Carmo.
Justamente por questões estéticas, os fabricantes de soluções auditivas acompanham a evolução tecnológica decorrente do avanço digital dos últimos anos. Atualmente, os aparelhos são menores, mais inteligentes e com design moderno, além de possuírem características únicas, como microfones direcionais, gerenciador de microfonia e ênfase para fala, com o propósito de aumentar o conforto em ambientes sonoros difíceis.
A amplificação nas duas orelhas é tão importante que, atualmente, existem aparelhos cujo circuito consegue fazer com que o aparelho da orelha direita envie informações para o da orelha esquerda e vise versa. Desta forma, a amplificação está sempre equilibrada e de acordo com o ambiente sonoro.
Exemplo disso é o último lançamento em soluções auditivas do Grupo Microsom no Brasil, o Fuse, o menor aparelho intra-aural (usado dentro do ouvido) do mundo, com 2,2 cm por 1,3 cm. O aparelho possui uma articulação flexível e anatômica que se adapta a todos os tamanhos e formatos de condutos auditivos. Sua porção maleável permite que o aparelho se acomode às curvas de cada orelha, sem a necessidade de realizar a pré-moldagem e a personalização da cápsula.
O Fuse possui um tamanho reduzido em comparação aos já existentes no mercado, tornando-se praticamente invisível no ouvido. Seu formato permite, ainda, que o conduto seja ventilado por meio de uma abertura especial, que proporciona uma amplificação confortável e natural do som.
“Um dos diferenciais do Fuse é que esse aparelho deve ser inserido dentro do canal auditivo, porém não necessita ser confeccionado com base no molde da orelha do usuário, o que facilita a aquisição do produto pela pessoa com deficiência, além de proporciona mais conforto ao usuário por conta do seu tamanho”, afirma Maria do Carmo Branco.

Números relacionados à deficiência auditiva
Segundo o Censo 2000 do IBGE, aproximadamente 24,6 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total do Brasil, apresentaram algum tipo de incapacidade ou deficiência. Deste total, mais de 5 milhões apresentaram deficiência auditiva, sendo cerca de 3 milhões de homens e quase 2,8 milhões de mulheres. Entre todos os brasileiros com algum grau de deficiência auditiva, um pouco menos de 170 mil se declararam surdos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 42 milhões de pessoas acima de 3 anos de idade são portadoras de algum tipo de deficiência auditiva, de grau moderado a profundo. Ainda segundo números da OMS (1994) e do Censo 2000, a deficiência auditiva no Brasil ocupa o terceiro lugar entre todas as deficiências do País, representando 16,7% do total da população que tem algum tipo de deficiência.
A presbiacusia, perda auditiva devido à idade, é a principal causa de deficiência auditiva nos idosos, uma incidência de cerca de 30% na população com mais de 65 anos de idade.
Sobre o Grupo Microsom
O Grupo Microsom é uma das mais conceituadas empresas de soluções auditivas e a única em tratamento da gagueira. A companhia foi fundada em 1991 e oferece soluções de bem-estar para pacientes com problemas auditivos e de gagueira.
Desde 1994, o Grupo Microsom é o distribuidor exclusivo da empresa canadense de aparelhos auditivos Unitron Connect. Com o intuito de oferecer novas e melhores soluções para o bem-estar, desde 2008, a companhia comercializa o SpeechEasy, único aparelho no mundo para tratamento da gagueira. O SpeechEasy é um discreto aparelho que promove a fluência em pessoas que gaguejam e que é adaptado a partir da necessidade individual de cada paciente.
Com a intenção de proporcionar um atendimento personalizado, o Grupo Microsom conta com profissionais altamente capacitados e oferece serviços diferenciados e especializados, em uma estrutura de primeira linha, com laboratórios equipados com os mais modernos recursos e ferramentas para confecção de moldes auriculares e aparelhos auditivos intra-aurais, além de uma ampla sala de assistência técnica, com equipamentos de última geração para avaliação, revisão e limpeza de circuitos digitais.
Acesse o canal de vídeos do Grupo Microsom no Youtube: http://www.youtube.com/user/GrupoMicrosom.
Para tornar-se seguidor do SpeechEasy no Twitter, acesse: twitter.com/speecheasybr._

Fundação Criança participa de evento em homenagem aos 20 anos do ECA

Ato Público leva a reflexão sobre o tema, além das mudanças ocorridas durante este período e os novos desafios

A Fundação Criança de São Bernardo do Campo participou nesta quarta-feira (30/6) do evento 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na Assembleia Legislativa de São Paulo. O objetivo foi promover a reflexão sobre o tema, apontar a representação desta conquista para a sociedade brasileira, além das mudanças ocorridas durante este período e os novos desafios.

A atividade reuniu especialistas e defensores dos direitos da criança e do adolescente, entre outras autoridades. O presidente da Fundação Criança, Ariel de Castro Alves, representando a entidade e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), abordou toda a história do ECA, desde sua implantação até os dias de hoje, destacando os avanços que o Brasil teve nesses 20 anos, como por exemplo, a diminuição da mortalidade infantil através da própria implantação do Sistema Único de Saúde, a diminuição do trabalho infantil, a implantação dos Conselhos Tutelares e a diminuição da gravidez na adolescência, entre outros.

O presidente da Fundação Criança também ressaltou que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), 88% dos municípios foram se adaptando nessa política nacional da criança e do adolescente por meio de algum programa de proteção à criança e ao adolescente. "No entanto, só 24% dos municípios têm abrigo e serviços de acolhimento, como temos em São Bernardo, cidade pioneira na discussão das políticas públicas por meio dos serviços de acolhimentos, programas de enfrentamento a violência contra crianças, atendimento a adolescentes infratores, entre outros", disse.