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sábado, 26 de janeiro de 2013

ESTUDOS TRAZEM ESPERANÇA EXTRA PARA PACIENTES COM CÂNCER DE PRÓSTATA



O câncer de próstata é o segundo que mais acomete os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Apesar do índice preocupante, alguns estudos apresentados durante a Asco 2012 trouxeram a esperança de avanços no tratamento da doença para os próximos anos. Confira:

Estudo INT-0162
O primeiro estudo apresentado revelou que a terapia hormonal intermitente (ou seja, parar e reiniciar o tratamento periodicamente) é menos eficaz que a terapia contínua em certos homens com câncer de próstata avançado. No comparativo, a sobrevida dos pacientes que receberam a terapia contínua foi, em média, dois anos e meio maior. O resultado engloba pacientes com doenças mínimas. Entre os homens com maior propagação da doença, os resultados indicam que os dois tratamentos são comparavelmente eficazes.
Para Luiz Flávio Coutinho, oncologista da Oncomed BH, apesar de relevante, o estudo apresentou alguns problemas. “As análises de subgrupo foram um pouco mal planejadas e mal definidas. Além disso, um estudo anterior, de fase III, já havia trabalhado a questão com um grupo mais adequado. Na ocasião, a terapia intermitente aumentou o índice de mortalidade”, afirma.

Estudo COU–AA–302
No segundo estudo, a abiraterona, droga utilizada para tratar o câncer de próstata mais avançado, foi explorada pela primeira vez no tratamento de estágios anteriores da doença. O objetivo foi avaliar o papel da droga em pacientes que ainda não passaram por tratamento quimioterápico.
Os resultados apresentados indicam um considerável benefício de sobrevida global com a abiraterona. Contudo, estudos maiores e de longo prazo são necessários para confirmar a abordagem. “O estudo já mostrou benefício de 3,9 meses de sobrevida com a abiroterona na comparação com o uso do placebo em pacientes previamente tratados com docetaxel. Mas algumas perguntas ainda precisam ser melhor respondidas, como se o melhor cenário de uso da abiroterona é pré ou pós a quimioterapia. Outro ponto falho é que o ganho absoluto com o método não foi estabelecido”, analisa Luiz Flávio Coutinho, oncologista da Oncomed BH.
Estudo AFFIRM
Por fim, o terceiro estudo relevante apresentado buscou analisar se a enzalutamida (atiandrogênico oral) poderia prolongar a sobrevida de pacientes com câncer de próstata pós-quimioterapia e resistente à castração. Os pacientes foram divididos em dois grupos: a média de sobrevida foi de 18,4 meses no grupo dos homens tratados com a enzalutamida contra 13,6 meses no grupo tratado com placebo. O questionário de qualidade de vida também apontou bons números, como melhora em 43.2% pacientes tratados com enzalutamida contra 18,3% dos homens tratados com placebo. Apesar dos índices satisfatórios, o estudo de fase III foi interrompido após uma análise interina e alguns efeitos ainda precisam ser melhor esclarecidos e investigados.

Como identificar o câncer de próstata
De forma geral, o câncer de próstata não apresenta sintomas, principalmente se a doença estiver em estágio inicial. Por esse motivo, é recomendável que todos os homens a partir dos 40 anos de idade se submetam ao exame de toque retal e PSA. O exame é feito por meio da análise do formato e consistência da próstata a partir do tato do especialista.
Apesar de praticamente não possuir sintomas, alguns merecem atenção. A dificuldade de liberar a urina, o jato urinário fraco ou o aumento do número de micções, por exemplo, podem ser indicativos, mas não apontam necessariamente a presença do câncer de próstata. Por isso, ao perceber algum desses sintomas, é recomendável que o homem procure um médico para avaliar melhor a situação.



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